Pedalando por uma Curitiba mais sustentável

Pedalando por uma Curitiba mais sustentável

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Para quem mora em grandes cidades ou no seu entorno, uma
reclamação é comum: o trânsito. Em Curitiba, a frota de veículos bateu recorde
em março do ano passado, atingindo a marca inédita de 1,4 milhões de veículos
em circulação na capital. Ou seja, 19,5% do total de veículos de todo o Paraná
está na capital. Com tantos carros nas ruas, vários problemas aparecem: vias
lotadas que aumentam o tempo de deslocamento, aumento na emissão do gás
carbônico na atmosfera e maior risco de acidentes são alguns deles.

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O tema mobilidade foi o escolhido pela professora Micheli
Barbara Soares Panzarini e seus alunos do 5º ano da Escola Municipal Sady
Souza, em Curitiba, para desencadear diversas situações de aprendizagem durante
todo o ano de 2019. Os estudantes mapearam quais consideravam os maiores
problemas do bairro e dentre os assuntos destacados, a mobilidade ganhou um
destaque especial.

A partir disso, a professora trabalhou com algumas matérias
de jornal, afim de provocar os alunos a pensarem mais sobre o tema, e foi
durante a discussão do texto “Greca
anuncia implantação de mais um binário em Curitiba
” que uma das
crianças relatou já ter passado pela região citada e notado a existência das
ciclovias, mas que não havia visto essas pistas na região da escola, que fica
localizada no bairro Sítio Cercado.

A união faz a força!

Após decidirem entender um pouco mais sobre a falta de
ciclovias na região e a utilização das bicicletas no dia a dia a turma começou
a procurar soluções viáveis para ajudar a resolver esta questão. A professora então
entrou em contato com duas Organizações da Sociedade Civil (OSC) que atuam em
defesa dessa causa, o Grupo de ciclismo PERSEGUE e a CicloIguaçu.

As ações da turminha tiveram início com uma palestra
realizada pela PERSEGUE, onde os estudantes receberam informações sobre
ciclismo, cidadania e os cuidados necessários ao pedalar. Empolgadas com este
primeiro passo, decidiram conscientizar a comunidade, promovendo a Pedalada da
Conscientização, um momento envolvendo famílias, estudantes e funcionários da
escola.

Enquanto se preparavam para o grande dia, os estudantes
tiveram mais uma palestra, com o ciclista Fernando Rosenbauwn, representante da
OSC Cicloiguaçu, que esteve na escola para conversar com as crianças sobre a
importância da bicicleta na mobilidade curitibana e ainda apresentou para os
alunos a sua bike dobrável, que facilita seu deslocamento pela cidade,
permitindo que leve sua bicicleta até mesmo dentro dos ônibus da cidade. As
crianças ficaram encantadas com a conversa e entenderam melhor a diferença
entre ciclovias, ciclofaixas e ciclorotas, percebendo as várias formas de se
utilizar este meio de transporte alternativo em meio ao trânsito das grandes
cidades.

Chegado o dia tão esperado, alunos, familiares e membros da
comunidade se reuniram na escola para a grande Pedalada. O grupo PERSEGUE
esteve presente mais uma vez, agora com a função de acompanhar o passeio e
orientar a todos os participantes sobre as medidas de segurança, sinais
utilizados pelos ciclistas e a rota que deveriam seguir. Segundo a professora
Micheli, toda essa movimentação agitou a região. “As pessoas ficaram impactadas
pelo movimento de bikes no bairro, pois nunca tinham visto algo assim. Muitos
curiosos passavam pelo grupo e perguntavam o que estava acontecendo”, disse a
professora que contou também que aproveitou a curiosidade dos moradores para
entregar panfletos informativos, cedidos pela OSC CicloIguaçu.

Para a professora, todo mundo saiu ganhando. “A comunidade
teve a oportunidade de lançar um novo olhar sobre a mobilidade do bairro. Pais
e filhos perceberam o quanto é urgente mudar de comportamento, deixando para as
gerações presentes e futuras um lugar melhor para se viver. Professores e
equipe observaram que é possível implementar ações para além dos muros da
escola, criando um elo de aprendizagem significativo com toda a comunidade.
Acredito que o maior ganho foi que todos compreenderam que ideias podem
transformar vidas, ou seja, pode ser o começo de uma revolução do bem para a
região”, enfatizou.

Com esta grande ideia, que se transformou numa linda
atitude, a professora Micheli foi uma das 10 melhores professoras do Ler e
Pensar 2019, garantindo o 8º lugar na votação popular realizada pelo Projeto com
os mais de 12.500 votos.

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