Veja o que ele pretende caso seja eleito prefeito de Curitiba

Veja o que ele pretende caso seja eleito prefeito de Curitiba

João Arruda é um dos 16 candidatos a prefeito de Curitiba em 2020. (Divulgação/Band)

João Arruda é candidato a prefeito de Curitiba pelo MDB (Movimento Democrático Brasileiro). Ao Paraná Portal, ele falou sobre o que pretende fazer caso seja eleito, abordou suas principais propostas e como pretende agir durante o pós-pandemia.

1. Por que o senhor acredita que deve assumir a Prefeitura de Curitiba?

João Arruda: Eu me comprometi com uma causa em Curitiba que tem pouco apelo eleitoral, pelo menos como estamos acostumados nas campanhas até hoje. A gestão municipal de 2021 precisa se ressignificar. O mundo está mudando rapidamente. Está aí a transformação digital, com sua metodologia ágil, só pra citar um aspecto relevante para a área governamental.

Pensamos em rede e pensar em rede é renunciar a ego, posição, status. Vamos pegar o caso dos voluntários, por exemplo. Eles fazem um trabalho incrível que modifica para melhor o tecido social e sequer gostam de ser identificados. A sociedade civil organizada quer resultados calculáveis. É a velha história dos japoneses, “o que não pode ser medido não pode ser melhorado”. Estou pronto para ser o “gerente de projetos” de Curitiba.

2. Quais são os principais desafios que o senhor deverá enfrentar no caso de ser eleito?

João Arruda: A retomada da economia, onde está a criação de trabalho, a volta às aulas e a redesignação do orçamento de R$ 9 bilhões. A realidade é que CEOs e diretores de empresas se viram sem emprego e agora estão pensando em mentorar pessoas pela internet, por exemplo. Ou, os vendedores de acessórios par celular do semáforo encontraram uma cidade vazia. Ou, ainda, entre uma coisa e outra, há uma multidão demitida ou em jornada especial, com ganhos reduzidos pelo aspecto econômico da pandemia.

Gerar trabalho e emprego é um desafio enorme porque passa pela cultura. Há mais de 150 mil microempreendedores individuais em Curitiba que precisam de desenvolvimento e suporte técnico. Começa pela dificuldade de transformar essas empresas em tributáveis, porque a prefeitura tem de autorizar a emissão das notas ficais. Depois, o valor do ISS tem que ser planificado. Se mais gente pagar certinho, todos pagam menos. Isentar temporariamente do IPTU empresas geradoras de trabalho e emprego também é plano de governo, seguindo a ideia dos monopólios temporários que impulsionam a inovação.

Já a volta às aulas tem de ser gradativa, ouvindo pais e especialistas em infectologia. O Conselho Nacional da Educação permitiu a continuidade das aulas remotas até o final de 2021. Temos de pensar em maneiras de medir a qualidade do que os estudantes aprenderam e em como incorporar as novas tecnologias à rotina das escolas e famílias. O orçamento cobre essas ações.

3. Destaque suas principais propostas para resolver os problemas que o senhor acredita que a cidade possui?

João Arruda: Tem várias cidades em Curitiba. Duas podemos ilustrar assim: a que vive à margem do Rio Barigui, sem saneamento básico, e a que vai ao mercado no Água Verde e encontra um acampamento de pessoas pedindo comida em frente aos supermercados. Simbolicamente, divido essas duas cidades pela Linha Verde. Curitiba é uma cidade maravilhosa, linda desde que nasci. Quem não reconhece a estufa do Botânico, o olho o Niemeyer? Mas estamos desiguais. O principal problema de Curitiba passa pelo ouvido. A burocracia atropela a vida rotineira, fazendo o que é o melhor para o gabinete e para as próximas eleições, é a dominação pela força do estado. É uma condição de não liberdade. Pelo cadastro nacional, são 2,7 mil moradores de rua em Curitiba. Eles frequentemente têm problemas de saúde sérios e estão à mercê da sorte.

Hipoteticamente, se todos decidissem passar uma noite congelante em um abrigo, haveria fila de espera de mil vagas. A fome não é uma crise de outra região do país, é daqui. A fome dos curitibanos é nossa fome. Eu vou ampliar os programas de acolhimento, não somente com vagas de albergues, mas com uma política pública de retorno das pessoas para casa. Elas se desprenderam de alguém, e podem e vão voltar para esse alguém que também precisa de nossa ajuda.

Nosso plano é uma cidade verdadeiramente, legitimamente humana. Sacolões e armazéns públicos com entrega a domicílio para idosos e pessoas com deficiência, centros médicos móveis com laboratórios, prevenção ao suicídio de idosos, suporte a programas de adoção consciente. E o fim-mesmo das obras da Linha Verde! Ninguém aguenta mais a velocidade dos prefeitos nessa questão.

4. Como o sr. pretende trabalhar junto aos governos estadual e federal na administração da cidade?

João Arruda: Experiência política eu tenho. Fui líder da bancada do Paraná no Congresso Nacional e tinha de articular com três senadores e 33 deputados federais. No papel de prefeito, represento a cidade. Com os governos estadual e federal seremos verdadeiros curitibanos – legítimos e francos o suficiente e, ao mesmo tempo, inteligentes para possibilitar o desenvolvimento de projetos.

5. O que o sr. fará para gerar empregos e renda já que os próximos anos deverão ser difíceis devido aos impactos da pandemia?

João Arruda: As empresas que gerarem empregos e tecnologia terão isenção fiscal temporária do ISS. Vou planificar a tabela do ISS. Hoje, a alíquota varia entre 2% e 5%. Isso dificulta bastante a fiscalização. Vou facilitar a autorização para a emissão da nota fiscal. Hoje, o site da prefeitura não é exatamente amigável para o pequeno empresário. Queremos a formalização do trabalho em Curitiba. Temos dados sobre as áreas mais promissoras para o desenvolvimento de negócios e vamos estimular os empresários a buscarem por elas. É importante atrair grandes corporações? Claro que é. Mas o progresso comunitário nos dá respostas mais rápidas quando se fala de serviço.

Para acompanhar o candidato, siga ele no Facebook.

Fonte: Post Completo

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